A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,6% no trimestre encerrado em abril deste ano, marcando o menor índice para esse período desde 2012, quando o IBGE iniciou a série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). No mesmo trimestre de 2023, o desemprego era de 7,5%.
Segundo os dados do IBGE, os índices de desemprego vêm diminuindo nas comparações anuais há 46 trimestres seguidos, ou seja, desde o trimestre finalizado em julho de 2021. Esse movimento consistente mostra uma tendência de recuperação contínua do mercado de trabalho.
Nos últimos 12 meses, cada trimestre analisado registrou o menor índice para o período desde 2012 ou, em alguns casos, desde 2014. Isso vale para os períodos encerrados em abril, março, e de julho a dezembro de 2024, além de janeiro, fevereiro, maio e junho deste ano.
Outro dado positivo revelado pelo IBGE foi o aumento no rendimento médio dos trabalhadores, que chegou a R$ 3.426 o maior valor registrado para um trimestre encerrado em abril e também o mais alto já observado na série histórica do levantamento.
Informalidade recua, mas ainda atinge quase 40 milhões de brasileiros
A taxa de informalidade no mercado de trabalho foi de 37,9% no trimestre encerrado em abril, apresentando queda em relação aos 38,3% registrados no trimestre anterior (encerrado em janeiro) e aos 38,7% do mesmo período do ano ado.
Informais ainda representam grande parte dos ocupados
De acordo com o IBGE, o país tinha cerca de 39,2 milhões de trabalhadores informais, dentro de um total de 103,3 milhões de pessoas ocupadas. A informalidade inclui profissionais sem carteira assinada, autônomos sem CNPJ, empregadores sem registro formal e ajudantes familiares.
Crescimento dos empregos formais contribuiu para a queda
Nas comparações trimestral e anual, houve estabilidade nas ocupações informais, como empregos sem carteira no setor privado e nos serviços domésticos. A redução da informalidade ocorreu devido ao aumento das contratações formais. Os trabalhadores com carteira assinada cresceram 0,8% em relação ao trimestre anterior e 3,8% no ano.
“O mercado de trabalho está absorvendo [mão de obra] e está seguindo forte e resiliente, mantendo a população ocupada e melhorando a qualidade, com a população com carteira de trabalho assinada sendo a única a crescer”, afirmou o pesquisador do IBGE, William Kratochwill.
Setor público é o único a crescer no trimestre
Na comparação entre trimestres, apenas o setor de istração pública, saúde, educação, seguridade social e serviços sociais registrou crescimento, com alta de 2,2%. Os demais setores apresentaram estabilidade.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, cinco áreas tiveram expansão:
Indústria (3,6%)
Comércio e reparo de veículos (3,7%)
Transporte e logística (4,5%)
Atividades de comunicação, finanças e serviços istrativos (3,4%)
istração pública e serviços sociais (4%)
Por outro lado, o setor agropecuário registrou queda de 4,3%.
Subutilização do trabalho continua em queda
A população subutilizada — que inclui pessoas desempregadas ou que poderiam trabalhar mais chegou a 18 milhões. O número se manteve estável em relação ao trimestre anterior, mas caiu 10,7% em relação ao mesmo período de 2023.
Desalento afeta menos brasileiros
A taxa de subutilização foi de 15,4%, mantendo-se estável no trimestre, mas inferior aos 17,4% registrados um ano antes. Já o número de pessoas em situação de desalento que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego ficou em 3,1 milhões, com queda de 11,3% na comparação anual. O índice de desalentados foi de 2,7%, estável no trimestre, porém abaixo dos 3,1% do ano ado.
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